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MEDICAMENTOS QUE NÃO PODEM SER DADOS AOS GATOS

(From Norsworthy, 1993)

ACETOMINOFEN
(Tylenol)
Apenas 1 comprimido já pode ser FATAL para um gato adulto.
Causa anemia hemolítica, formação de metahemoglobina (não transporta oxigenio), cianose, icterícia, edema de face, Taquipnéia, necrose hepática.

BENZOCAÍNA
(Andolba)
Anestésico local em forma de spray ou pomada.
Estimula o SNC, causa tremores, convulsões e por ultimo parada respiratória.

HIDROCARBONETOS CLORADOS
(como lindane, clordane)
Presente em alguns produtos de combate à pulgas e outros parasitas.
A reação pode ser imediata ou levar dias para ocorrer.
Começa com uma resposta exagerada aos estimulo, tremores, progressão para tremores cada vez mais fortes até um estado convulsivo, febre.

HEXACLOROFENO
(agente germicida, encontrado em xampus, desinfetantes e sabonetes, como o Phisiohex)
É rapidamente absorvido através da pele e trato intestinal.
Causa em gatos fadiga, fraqueza, incoordenação dos membros posteriores, febre, ausência de urina, paralisia flácida completa.

CARBARIL
(Carbamato - usado em remédios contra pulgas como Talco Bulldog)
NUNCA USAR, principalmente como coleira, que expõe o gato constantemente.
Causa lesão no SNC e morte por parada respiratória.
Outros produtos, anti-pulgas, carrapatos e sarna, proibidos para gatos: Sabão Bulldog; Sabão Bulldog Plus; Sabão Bulldog Sarnicida; Sabonete Antipulgas para cães Tratto; Sabonte Parasiticida Asuntol; Sabonete Banzé; Sparay Bulldog Antipulgas e Carrapatos; Spray Tratto; Talco Antipulgas Bolfo; Talco Banzé; Talco Bulldog Contra Pulgas; Talco Tratto.

ASPIRINA
(AAS, Melhoral)
Primeiro estimula e depois causa depressão respiratória, ulceração gástrica, diminuição da agregação plaquetária, hipoplasia da medula óssea.
Nos sinais se tem inicialmente: taquipnéia e depois depressão respiratória, febre, anorexia, vomitos, gastrite hemorrágica, lesões renais, hemorragias, urina com sangue por nefrite hemorrágica.
No ser humano, 1 comprimido de aspirina leva de 3 a 4 horas para ser eliminado do organismo, por isso é tomado 1 comprimido a cada 4 horas.
Nos felinos, 1 comprimido de aspirina leva 72 horas para ser eliminado, ou seja, dura 3 dias. Isso faz com que seja extremamente fácil causar uma overdose.

AZUL DE METILENO
Usado em medicamentos para tratar infecções urinárias (deixa o xixi azul).

SULFONAMIDAS
(Sulfas)
Podem ocorrer: salivação excessiva, vomitos, diarréia, excitação, fraqueza muscular, descoordenação motora, dificuldade respiratória, estiramento dos membros, estado semelhante à anestesia, problemas renais, depressão da medula óssea, entre outras.

SULFOETOXIPIRIDAZINA
(Bactrin)
Medicamentos que podem ser usados em alguns gatos com restrições e só com acompanhamento veterinário.

CLORANFENICOL
Causa aplasia de medula óssea, por não conseguir ser metabolizado e eliminado.
Sinais: animal fica cinza, abdomen duro, convulsão, fezes brancas.

LIDOCAÍNA
Anestésico local (Xilocaína) Pode causar contração muscular, hipotensão, nauseas e vômitos.

ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO-ESTERÓIDES
Podem causar úlceras.

TETRACICLINA
Pode causar febre, diarréia, depressão

MORFINA
Risco de superdosagem por acúmulo.
Causa depressão do SNC, convulsões. Deve ser usada com cautela.
A dose máxima é de 0,1mg/Kg por via intravenosa. Para uso pós-operatório.

FENOBARBITAL, PENTOBARBITAL SÓDICO, TIOPENTAL SÓDICO
(barbitúricos usados como anestésico)
Causam depressão respiratória e parada cardíaca.
Usar com muito cuidado e monitoração.
O tempo de duração do efeito é muio maior que em outras espécies.


DIAZEPAN, VALIUM, DIENPAX
(tranquilizantes Benzodiazepínicos)
Via intravenosa pode dar depressão respiratória. Usar com muita cautela.


CLORPROMAZINA
(Amplictil)
Em altas doses (pré-anestésico comumente usado em cães).
Tremores de extremidade e cabeça, letargia, calafrios, rigidez, relaxamento do esfíncter anal. Acúmulo.
Só usar em último caso, dar preferência a outro pré-anestésico, como Acepran+sulfato de atropina.


Intoxicação Medicamentosa em Cães e Gatos

Alerta:
NÃO MEDIQUE SEU PET POR CONTA PRÓPRIA!

“Ah, minha senhora, não precisa nem gastar dinheiro com veterinário que o que o seu cachorro tem é dor de barriga! Dá um comprimido desse aqui pra ele que a senhora vai ver como ele fica bom rapidinho!”
“Sarna? Eu tenho uma receita ótima pra isso e que não custa quase nada: você pega um limão, vai misturando com esse pozinho que eu tenho aqui e passa em cima da sarna! Cura na hora!”
Folclore, falta de conhecimento e até charlatanismo existem na hora de medicar por conta própria (ou imprópria mesmo) um animal de estimação. A administração de remédios de uso humano em animais pode levá-lo à morte ou complicar ainda mais um quadro de difícil tratamento, por isso, quando o seu cão ou gatinho começar a apresentar sinais de que anda meio doente, procure um médico veterinário imediatamente e não dê ouvidos a pessoas leigas.


Remédios à base de diclofenato são proibidos

A intoxicação medicamentosa causada pela má administração de remédios de uso humano em animais de companhia é mais comum que se possa imaginar. Isso porque as pessoas acreditam piamente que esses animais possuem a mesma estrutura digestiva que os humanos e que, portanto, ao administrar os mesmos medicamentos em doses menores estarão ajudando ou solucionando o problema. Também a velha história de que “de médico e louco todo mundo tem um pouco” se faz verdadeira neste quadro, pois sempre existe um vizinho ou um balconista mal informado que tem um diagnóstico pronto, já que o problema do animal, aparentemente, é simples. Os riscos da utilização de medicamentos humanos em animais domésticos são a superdosagem, os efeitos colaterais negativos e os efeitos tóxicos, que podem levar à morte.
O que quase ninguém sabe é que algumas substâncias consideradas ‘fracas’ e inofensivas aos humanos são extremamente prejudiciais aos animais, como os antiinflamatórios como Cataflan, Voltaren e Tandrilax, feitos à base de diclofenato, que causam violentos efeitos colaterais como gastroenterite (vômitos e diarréias) e falência renal, levando à morte em poucas horas. “Eu dei 1/4 do comprimido de Cataflan misturado com a comida, por três dias seguidos para a Sherazade. No último dia, ela começou a vomitar muito e só ficava deitada, sem responder aos chamados. Levei correndo para o veterinário, mas ela morreu, porque já estava com hemorragia no sistema digestivo”- conta a bancária Eliana Moura. “Uma outra vez, antes de isso acontecer com ela, eu havia dado 1/2 comprimido de Lisador porque ela estava sentindo dores em algum lugar. A cadela primeiro ficou agitada demais e depois, dormiu o dia todo, sem parar,e eu até achei que ela tinha morrido”- continua.
A maioria das pessoas acha que administrando remédios de uso humano em doses inferiores às dadas a crianças pequenas, por exemplo, não prejudicará o animal e que poderá, ao menos, amenizar o problema até chegar no consultório do veterinário, mas isso também é errado, pois pode comprometer ou dificultar o diagnóstico. “Quando um animal chega na clínica, ministra-se um medicamento para mantê-lo hidratado, para podermos averiguar o quadro e diagnosticá-lo corretamente. Se o proprietário dá um remédio que altera as condições físicas do animal, fica complicado detectar o problema logo, e demorando mais tempo, o animal corre mais risco de morte”- afirma o médico veterinário Paulo J. Stravinwsky.

Outra causa comum de intoxicação medicamentosa é o oferecimento de medicamentos para gatos aos cães e vice-versa, pois o metabolismo das duas espécies são muito diferentes.
Remédios para sarnas de cães, por exemplo, são nocivos aos gatos e antitérmicos à base de dipirona fazem mal aos gatos e não aos cães.


Erro de prescrição dentro do consultório do veterinário

A grande parte dos casos de administração de medicação incorreta aos animais ocorre em casa, por responsabilidade do proprietário do animal, mas existem casos em que médicos veterinários ministram medicamentos de uso humano aos animais de forma errada. O veterinário utiliza o seu direito de prescrição das especialidades de medicina humana para alargar a sua gama terapêutica, sendo que muitas vezes certos medicamentos humanos não tem correspondência nenhuma na Medicina Veterinária.

“Já vi casos em que apesar de uma determinada substância ativa existir como especialidade veterinária, o clínico prescreve um medicamento humano a pedido do dono, para que este possa pedir junto ao seu médico de família uma prescrição que terá menos custo”- afirma Satravinwky.

Outros motivos de intoxicação

Cães e gatos podem vir a sofrer de uma intoxicação medicamentosa por acidente. Muitas vezes, a curiosidade do animal causa desastres como a ingestão de comprimidos de uso humano. Ao perceber o menor sinal de alteração comportamental do pet, o proprietário deve comunicar urgentemente o veterinário responsável. Salivação excessiva, diarréia, vômitos, sono profundo e exagerado, andar cambaleante, tremores e crises convulsivas são os primeiros sintomas que ele irá apresentar diante de uma intoxicação, mas se o proprietário perceber que houve ingestão de algo, deve conduzir o animal ao veterinário antes dos sintomas aparecerem.

Existem também ocorrências de intoxicação causadas por produtos químicos e inseticidas, que podem ser absorvidos através da pele e da respiração. Acontece depois da limpeza de um tapete com produto químico, por exemplo, ou da dedetização da casa. O ideal é evitar o contato dos animais com esses ambientes por alguns dias. Em casa, o proprietário deve possuir uma mala de primeiros socorros apenas com medicamentos de assepsia e curativos caso ocorra algum acidente, e nada de oferecer comprimidos ou passar pomadas sem saber exatamente se aquilo vai fazer bem ou mal ao seu animal de estimação. Para isso é que existem os médicos veterinários!
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Fonte - http://www.anuariocaes.com.br/materias/automedicacao.php 
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Publicado em www.gatoverde.com.br/02_00.asp?menu_cod=421&menu_cod_pai=133